Setembro Amarelo: Porto Nacional organiza sua Rede de Atenção à Saúde para trabalhar a prevenção ao suicídio

 

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A Prefeitura de Porto Nacional através da Secretaria da Saúde e as demais secretarias municipais, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde estará intensificando as ações sobre a prevenção ao suicídio, durante todo o mês de setembro. Inúmeras atividades relacionadas ao tema estão sendo preparadas pelos diretores e coordenadores dos serviços de Saúde Municipal, com o intuito de Promover a Saúde e o Bem Estar da população portuense.

 

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Saúde Municipal se organizando para a Campanha Setembro Amarelo

 

As ações serão realizadas nas salas de espera das Unidades de Saúde, nas escolas - pelo Programa de Saúde nas Escolas (PSE) e em toda a rede de saúde, como na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Centro de Especialidades Médicas (CEME), Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), e Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

“Segundo dados do ano de 2012, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. Assim, se incluirmos ainda os familiares e pessoas próximas às vítimas, milhões de pessoas são afetadas por casos de suicídio a cada ano, número ainda maior se considerarmos as tentativas sem sucesso: cerca de uma a cada três segundos”, observou a secretária municipal da Saúde, Anna Crystina Brito.

Estudos indicam que cada caso de suicídio tem sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas, de forma direta. Sentimentos confusos são comuns em relação ao ente querido que faleceu por suicídio, como luto, raiva e culpa. É importante aceitá-los como naturais, conversar com familiares e amigos, além de buscar atendimento médico ou psicológico, se necessário.

Saúde Pública

É difícil explicar porque algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto outras em situação similar ou pior não o fazem. Contudo a maioria dos suicídios pode ser prevenida.

Suicídio é agora uma grande questão de Saúde Pública em todos os países. Capacitar a equipe de atenção primária à saúde para identificar, abordar, manejar e encaminhar um suicida na comunidade é um passo importante na prevenção do suicídio.

A assistência prestada a pessoas que tentaram o suicídio é uma estratégia fundamental na prevenção da vida. Pacientes que tentaram suicídio têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente, caracterizando-os como um grupo de maior risco.

Para tanto é importante conhecer os três principais fatores ligados a esse comportamento.

  • A presença de um transtorno mental – estima-se que 90% das pessoas que colocam fim à própria vida tenham algum transtorno mental, principalmente transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar), transtornos psicóticos e dependências químicas;
  • A sensação de estar sem saída – o gatilho usualmente é uma crise grave, um dilema pessoal muito importante, uma situação para a qual não se vê saída. Cientistas calculam que a crise econômica internacional levou a um aumento de casos, sendo responsável por 10.000 “suicídios econômicos” entre 2008 e 2010, por exemplo;
  • Acesso a meios letais – diante do desespero da situação, com a qual não se consegue lidar por conta de um transtorno mental, atos extremos acontecem. Se for fácil ter acesso a formas eficazes de morrer, a chance de o suicídio é maior. Trabalhar armado ou ter arma em casa, não ter rede de proteção nas janelas, lidar com venenos ou drogas, são todos fatores que tornam um ato que talvez fosse impulsivo numa atitude fatal.

 

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Estratégias de Prevenção 

  • Aumentar o esclarecimento da população sobre os transtornos mentais e disponibilizar tratamentos eficazes – quanto mais as pessoas conhecem depressão, bipolaridade, esquizofrenia etc., maior a probabilidade de procurar atendimento se necessário. Claro que é fundamental que encontrem ajuda quando procurarem;
  • Restringir acesso a meios letais – essas iniciativas foram bem sucedidas de todas as formas que já foram implementadas. A troca do gás encanado por gás não letal, o banimento de pesticidas tóxicos, a construção de barreiras em pontes – tudo o que historicamente dificultou um pouco o ato de se matar reduziu as taxas de suicídio. As pessoas não mudam simplesmente de um meio para o outro, elas repensam a decisão.

Suicídios no Mundo

Em 2012, o suicídio foi a segunda maior causa de morte entre 15 e 29 anos de idade. 75% dos suicídios ocorridos no mesmo ano foram em países de baixa e média renda. Também em 2012, o suicídio foi responsável por 1,4% de todas as mortes no mundo, tornando-se a 15ª causa de morte.

No Brasil, a cada dia, 32 pessoas se suicidam, o coeficiente de mortalidade por suicídio é estimado em número de suicídios para cada 100 mil habitantes, ao longo de um ano. O do Brasil gira em torno de 11,4 (15 para os homens; 8,0 para as mulheres). Esse índice pode ser considerado baixo, quando comparado aos de outros países. O leste da Europa, por exemplo, possui coeficiente de 27, enquanto o coeficiente mundial é de 14,5.

Se em vez de coeficiente de mortalidade, considerarmos o número absoluto de mortes por suicídio, o Brasil atingirá o oitavo lugar numa escala mundial. Isso se dá por sermos um país populoso.

Suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. A existência de um transtorno mental é considerada um importante fator de risco para o suicídio.

Fique Atento para as Frases de Alerta 

  • Eu preferia estar morto;
  • Eu não posso fazer nada;
  • Eu não aguento mais;
  • Eu sou um perdedor e um peso para os outros;
  • Os outros vão ser mais felizes sem mim.

Cuide, ame, preste atenção, salve vidas!

 

 

Texto: Umbelina Costa com informações da Secretaria Municipal da Saúde

Fotos: Dornil Sobrinho

Secretaria Municipal da Comunicação